A figura do arauto é recorrente na Bíblia e possui uma importância fundamental na transmissão de mensagens importantes e decisivas. O arauto é, por definição, um proclamador de notícias, um mensageiro que transmite uma mensagem em nome de uma autoridade superior. Na antiguidade, o papel do arauto era de extrema importância, uma vez que a comunicação era limitada e essencial para questões cruciais, como a paz e o bem-estar de um povo.
“O arauto é um mensageiro da esperança, um embaixador do amor, um portador da graça. Nós, como arautos do Evangelho, temos a responsabilidade de proclamar a mensagem da salvação a todos os que ainda não conhecem a Jesus”. – Billy Graham
No contexto bíblico, a palavra arauto é utilizada para traduzir termos originais do hebraico, aramaico e grego, e é empregada para descrever aqueles que proclamam a mensagem de Deus, seja por meio da profecia, evangelização ou pregação. O arauto é, portanto, um porta-voz de Deus, um representante divino que proclama a Sua vontade aos homens.
O arauto no Antigo Testamento
No Antigo Testamento, a palavra hebraica basar é usada em passagens como Isaías 40:9 para se referir ao profeta como “anunciador de boas notícias”. Já a palavra aramaica keraz é aplicada no livro do profeta Daniel para falar do arauto como o responsável por comunicar a vontade do rei (Daniel 40:9). Nos livros de Gênesis e Ester, o arauto é citado como alguém que corre à frente da carruagem real para chamar a atenção das pessoas (Gênesis 41:43; Ester 6:9).
A figura do arauto no Antigo Testamento é, portanto, associada à transmissão de mensagens importantes, seja do rei, seja do próprio Deus. Os profetas eram vistos como arautos de Deus, investidos da autoridade divina para proclamar Sua vontade e anunciar a chegada do Messias.
O arauto no Novo Testamento
No Novo Testamento, a figura do arauto ganha um novo significado, ligado à proclamação das boas novas de Jesus Cristo. O termo grego kerux é usado para falar da pregação do Evangelho e é frequentemente associado ao evangelista ou ao pregador que atua como embaixador de Cristo.
O apóstolo Paulo, por exemplo, se autodenomina um arauto do Evangelho: “E a esta pregação e a este evangelho eu fui constituído arauto, apóstolo e mestre dos gentios” (2 Timóteo 1:11). O próprio Jesus, em seu ministério terreno, foi um arauto das boas novas do Reino de Deus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres” (Lucas 4:18).
A proclamação do Evangelho como missão do arauto
O compromisso de todo cristão com a proclamação das boas novas é um tema fundamental na Bíblia e tem sido uma das principais tarefas da Igreja ao longo dos séculos. Desde o ministério de Jesus até os dias de hoje, a proclamação do Evangelho tem sido a missão primordial dos cristãos, e a figura do arauto tem sido fundamental nessa tarefa.
O arauto é, por definição, um mensageiro que proclama uma mensagem em nome de uma autoridade superior. No contexto bíblico, o arauto é visto como um porta-voz de Deus, um representante divino que transmite a Sua vontade aos homens. Como cristãos, temos o compromisso de proclamar as boas novas do Evangelho, de sermos arautos da mensagem de Deus neste mundo.
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O próprio Jesus deu o exemplo da importância da proclamação do Evangelho. Em seu ministério terreno, Ele anunciou o Reino de Deus e convocou as pessoas ao arrependimento e à fé. Ele chamou Seus discípulos para serem “pescadores de homens” e os enviou a pregar o Evangelho a toda criatura (Marcos 1:15; Mateus 4:19; Marcos 16:15).
Os discípulos de Jesus seguiram esse exemplo e se tornaram arautos do Evangelho. Pedro, por exemplo, pregou em Pentecostes e levou muitos à fé em Cristo (Atos 2:14-41). Paulo se autodenominava um arauto do Evangelho e se dedicou inteiramente à proclamação da mensagem de salvação (2 Timóteo 1:11-12).
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Hoje, como cristãos, temos o mesmo compromisso de proclamar as boas novas do Evangelho. Como arautos da mensagem de Deus, temos a responsabilidade de compartilhar a verdade do Evangelho com os outros. Isso significa sermos testemunhas de Cristo em nossas vidas diárias, compartilhando a mensagem de salvação com aqueles que ainda não conhecem a Jesus.
A proclamação do Evangelho não é apenas uma tarefa para pastores e evangelistas, mas para todos os cristãos. Cada um de nós deve estar disposto a compartilhar a mensagem de Cristo com os outros, seja através de nossas palavras ou ações. Devemos estar sempre prontos para dar a razão da nossa fé e mostrar às pessoas o amor de Deus.
Mas para sermos arautos eficazes, precisamos estar enraizados na Palavra de Deus. Precisamos conhecer a mensagem que estamos proclamando e estar preparados para responder às perguntas e dúvidas que as pessoas possam ter. Além disso, precisamos estar dispostos a viver o que pregamos, a fim de sermos um exemplo vivo do amor e da graça de Deus.
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